sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ATIVIDADES A PARTIR DA HISTÓRIA "CHUVA DE MANGA"



Chuva de Manga é uma história que se passa no Chade, um país da longínqua África (Pluralidade cultural). Quando uma fina chuva cai na aldeia do garoto Tomás, estimulando a florada das muitas mangueiras que crescem por lá (Meio Ambiente), o garoto subitamente tem uma grande ideia (Jogos e Brincadeiras). Mas será preciso muita imaginação e persistência para que ela renda frutos tão doces e saborosos quanto aos das belas mangueiras.


Preparando a leitura

A capa e o título 
Apresente a capa do livro à turma. O que a imagem lhes sugere? Será que essa história se passa no Brasil? O que o garoto está fazendo? Como eles imaginam que é a vida dele? Por quê? E o que dizer do título do livro, Chuva de manga? Será possível uma chuva dessas? O que será que essa expressão quer dizer?

 O universo da obra
 Leia com a turma o texto sobre o Chade, localizado na p.2. Ao trazer informações sobre as condições geográficas, culturais e socioeconômicas do país, essa leitura com certeza vai estimular a curiosidade das crianças sobre o livro, além de prepará-las para uma melhor fruição da obra. Em seguida, que tal fazer um retrato do Chade? Cada criança poderá fazer um desenho individual, buscando retratar os aspectos mais marcantes do texto. 

Lendo o livro

 p.3: A dedicatória do livro apresenta os nomes do autor e de sua esposa no Chade (Maimouna e Djimé). Que tal experimentar em voz alta a sonoridade desses nomes tão diferentes dos brasileiros? Eles são estranhos? Bonitos? Difíceis de pronunciar?

 pp.6 e 7: Observando a ilustração, o que parece chamar a atenção de Tomás? Embora o texto faça referência à chuva e às nuvens, o garoto parece prestar atenção em outra coisa. O que será? 

pp.12 e 14: Quais seriam as ideias zumbindo na cabeça de Tomás? O que ele poderia planejar fazer com uma lata de leite e uma tampinha de garrafa? 

pp.15: Na imagem, a família de Tomás parece estar reunida para fazer uma refeição. O que será que eles estão comendo? Essa refeição se assemelha com as que os alunos fazem com suas respectivas famílias? Quais são as principais diferenças? Seria o fato de os parentes de Tomás estarem sentados no chão e não em volta de uma mesa? E o que dizer dos talheres? A família de Tomás não parece precisar de garfos ou facas para comer sua refeição. 

pp.15: No canto da imagem, vemos Tomás introspectivo, fazendo um desenho em seu caderno. O que ele está desenhando? Haveria alguma relação entre esse desenho e a sua misteriosa ideia? Levante hipóteses com as crianças. 

pp.24, 25, 26 e 27: Quando as mangas amadurecem, todos correm para apanhá-las, seja para comê- -las ou para vendê-las. Tomás, entretanto, não parece dar muita atenção à fruta. Na imagem, podemos observá-lo sempre isolado, de costas, trabalhando sobre sua ideia. Será que ele está triste ou apenas concentrado? 

pp.28 e 29: Quais são as frutas tão maravilhosas que a leve chuva trouxe? A manga? O brinquedo? A imaginação? 

Após a leitura 

Reflexão
 Quanto tempo se passou entre o momento em que Tomás teve a ideia de criar o carrinho e o momento em que ele finalmente conseguiu confeccioná-lo? Se considerarmos que foi o mesmo tempo dado entre a leve chuva e o nascimento das mangas, podemos concluir que o garoto se dedicou ao seu projeto durante quatro ou cinco meses! Como os alunos veem isso? Eles já se dedicaram tanto tempo assim a uma única ideia? O que é mais admirável na atitude de Tomás? A criatividade? A dedicação? A persistência? 

Pluralidade cultural

 Que tal conhecer um pouco mais sobre a cultura africana? Proponha aos alunos uma visita ao Museu Afro Brasil (agendamento@museuafrobrasil.org.br), localizado na capital de São Paulo. Se a visita presencial for inviável, vale realizar um tour virtual pelo site do museu (www.museuafrobrasil.org.br). Por fim, conduza um bate-papo com a turma, buscando identificar traços e influências da cultura africana no Brasil. A capoeira, o candomblé, ritmos musicais como o maracatu, o coco e até mesmo o samba, além de pratos da culinária como o acarajé ou o vatapá são claros exemplos da cultura popular brasileira que herdaram influências africanas. 

Meio Ambiente 

O livro faz referência a dois biomas presentes no Chade, a savana e o deserto (p.2). Por biomas, entendemos um ambiente natural com características próprias de vegetação, temperatura, fauna etc. Que tal aprender um pouco mais sobre esses tipos de biomas? Peça à turma que pesquise imagens desses dois ambientes naturais, procurando também informações sobre a sua flora e fauna. Quais são os seus principais animais, as temperaturas predominantes e as características da vegetação? O resultado da pesquisa pode ser apresentado em painéis compostos por textos e imagens pesquisados. Que tal fazer uma transposição para a região brasileira? Os seis maiores biomas do Brasil – cerrado, caatinga, pampa, pantanal, mata atlântica e amazônia – também possuem características extremamente ricas que com certeza vão render uma bela pesquisa à turma. 

Jogos e Brincadeiras 

Para criar seu carrinho, Tomás se utiliza de sucata. Por esta expressão, entendemos materiais diversos, passíveis de serem descartados ou reciclados, tais como latas, arames, tampinhas de garrafa, entre muitos outros. Que tal experimentar criar brinquedos a partir de sucata? A exemplo de Tomás, proponha que cada aluno colete, durante uma semana, materiais recicláveis em sua casa. Embalagem de produtos de limpeza, caixa de fósforos, papelão, garrafa PET são apenas alguns exemplos da infinidade de materiais que podem ser reaproveitados. Após a coleta, é hora de soltar a imaginação, criando brinquedos através da exploração dos materiais. Cola, fita crepe e tinta podem ser utilizadas para facilitar o acabamento! 


Indicações de leitura do mesmo autor 

Escola da chuva. São Paulo: Brinque-Book, 2014. O presente de aniversário do Marajá. São Paulo: Brinque-Book, 2004.


*Fonte: https://www.brinquebook.com.br/media/blfa_files/Chuva_de_manga.pdf

Um comentário:

Unknown disse...

Livro maravilhoso! Lindo! Gostei muito também do Escola de Chuva. Em tempos de pandemia e reconstrução de uma nova escola, acho a temática bem pertinente. Gostaria de sugerir um artigo sobre esse livro também, do mesmo autor.