Chuva de Manga é uma história que
se passa no Chade, um país da longínqua
África (Pluralidade cultural).
Quando uma fina chuva cai na aldeia
do garoto Tomás, estimulando a florada
das muitas mangueiras que crescem
por lá (Meio Ambiente), o garoto
subitamente tem uma grande ideia
(Jogos e Brincadeiras). Mas será preciso
muita imaginação e persistência
para que ela renda frutos tão doces e
saborosos quanto aos das belas mangueiras.
Preparando a leitura
A capa e o título
Apresente a capa do livro à turma.
O que a imagem lhes sugere? Será
que essa história se passa no Brasil?
O que o garoto está fazendo? Como
eles imaginam que é a vida dele? Por
quê? E o que dizer do título do livro,
Chuva de manga? Será possível uma
chuva dessas? O que será que essa
expressão quer dizer?
O universo da obra
Leia com a turma o texto sobre o
Chade, localizado na p.2. Ao trazer
informações sobre as condições geográficas,
culturais e socioeconômicas
do país, essa leitura com certeza vai
estimular a curiosidade das crianças
sobre o livro, além de prepará-las
para uma melhor fruição da obra. Em
seguida, que tal fazer um retrato do
Chade? Cada criança poderá fazer
um desenho individual, buscando
retratar os aspectos mais marcantes
do texto.
Lendo o livro
p.3: A dedicatória do livro apresenta
os nomes do autor e de sua
esposa no Chade (Maimouna e
Djimé). Que tal experimentar em
voz alta a sonoridade desses nomes
tão diferentes dos brasileiros?
Eles são estranhos? Bonitos?
Difíceis de pronunciar?
pp.6 e 7: Observando a ilustração,
o que parece chamar a atenção
de Tomás? Embora o texto faça
referência à chuva e às nuvens,
o garoto parece prestar atenção
em outra coisa. O que será?
pp.12 e 14: Quais seriam as ideias
zumbindo na cabeça de Tomás?
O que ele poderia planejar fazer
com uma lata de leite e uma
tampinha de garrafa?
pp.15: Na imagem, a família de Tomás
parece estar reunida para
fazer uma refeição. O que será
que eles estão comendo? Essa
refeição se assemelha com as
que os alunos fazem com suas
respectivas famílias? Quais são
as principais diferenças? Seria
o fato de os parentes de Tomás
estarem sentados no chão e não
em volta de uma mesa? E o que
dizer dos talheres? A família de
Tomás não parece precisar de
garfos ou facas para comer sua
refeição.
pp.15: No canto da imagem, vemos
Tomás introspectivo, fazendo
um desenho em seu caderno. O
que ele está desenhando? Haveria
alguma relação entre esse desenho
e a sua misteriosa ideia?
Levante hipóteses com as crianças.
pp.24, 25, 26 e 27: Quando as mangas
amadurecem, todos correm
para apanhá-las, seja para comê-
-las ou para vendê-las. Tomás,
entretanto, não parece dar muita
atenção à fruta. Na imagem, podemos
observá-lo sempre isolado,
de costas, trabalhando sobre
sua ideia. Será que ele está triste
ou apenas concentrado?
pp.28 e 29: Quais são as frutas tão
maravilhosas que a leve chuva
trouxe? A manga? O brinquedo?
A imaginação?
Após a leitura
Reflexão
Quanto tempo se passou entre o
momento em que Tomás teve a ideia
de criar o carrinho e o momento em
que ele finalmente conseguiu confeccioná-lo?
Se considerarmos que
foi o mesmo tempo dado entre a leve
chuva e o nascimento das mangas,
podemos concluir que o garoto se
dedicou ao seu projeto durante quatro
ou cinco meses! Como os alunos
veem isso? Eles já se dedicaram tanto
tempo assim a uma única ideia? O
que é mais admirável na atitude de
Tomás? A criatividade? A dedicação?
A persistência?
Pluralidade cultural
Que tal conhecer um pouco mais
sobre a cultura africana? Proponha
aos alunos uma visita ao Museu Afro
Brasil (agendamento@museuafrobrasil.org.br),
localizado na capital de
São Paulo. Se a visita presencial for
inviável, vale realizar um tour virtual
pelo site do museu (www.museuafrobrasil.org.br).
Por fim, conduza um
bate-papo com a turma, buscando
identificar traços e influências da cultura
africana no Brasil. A capoeira, o
candomblé, ritmos musicais como
o maracatu, o coco e até mesmo o
samba, além de pratos da culinária como o acarajé ou o vatapá são
claros exemplos da cultura popular
brasileira que herdaram influências
africanas.
Meio Ambiente
O livro faz referência a dois biomas presentes no Chade, a savana e o deserto
(p.2). Por biomas, entendemos
um ambiente natural com características
próprias de vegetação, temperatura,
fauna etc. Que tal aprender um
pouco mais sobre esses tipos de biomas?
Peça à turma que pesquise imagens
desses dois ambientes naturais,
procurando também informações
sobre a sua flora e fauna. Quais são
os seus principais animais, as temperaturas
predominantes e as características
da vegetação? O resultado da
pesquisa pode ser apresentado em
painéis compostos por textos e imagens
pesquisados. Que tal fazer uma
transposição para a região brasileira?
Os seis maiores biomas do Brasil –
cerrado, caatinga, pampa, pantanal,
mata atlântica e amazônia – também
possuem características extremamente
ricas que com certeza vão render
uma bela pesquisa à turma.
Jogos e Brincadeiras
Para criar seu carrinho, Tomás se
utiliza de sucata. Por esta expressão,
entendemos materiais diversos,
passíveis de serem descartados ou
reciclados, tais como latas, arames,
tampinhas de garrafa, entre muitos
outros. Que tal experimentar criar
brinquedos a partir de sucata? A
exemplo de Tomás, proponha que
cada aluno colete, durante uma semana,
materiais recicláveis em sua
casa. Embalagem de produtos de
limpeza, caixa de fósforos, papelão,
garrafa PET são apenas alguns exemplos
da infinidade de materiais que
podem ser reaproveitados. Após a
coleta, é hora de soltar a imaginação,
criando brinquedos através da exploração
dos materiais. Cola, fita crepe e
tinta podem ser utilizadas para facilitar
o acabamento!
Indicações de leitura do mesmo
autor
Escola da chuva. São Paulo: Brinque-Book,
2014.
O presente de aniversário do Marajá.
São Paulo: Brinque-Book, 2004.
*Fonte: https://www.brinquebook.com.br/media/blfa_files/Chuva_de_manga.pdf
Um comentário:
Livro maravilhoso! Lindo! Gostei muito também do Escola de Chuva. Em tempos de pandemia e reconstrução de uma nova escola, acho a temática bem pertinente. Gostaria de sugerir um artigo sobre esse livro também, do mesmo autor.
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