quinta-feira, 18 de julho de 2013

PROJETO CARTÃO-POSTAL


Objetivos 
• Aproximar todos os participantes do Projeto Letras de Luz espalhados por quatro estados brasileiros através de um objeto de comunicação. 
• Aproximar adultos e crianças, professores e alunos de um mecanismo de comunicação que tem uma história das mais interessantes e uma utilização e importância mundiais. 
• Trabalhar com texto e imagem e a valorização das paisagens locais como forma de se comunicar com pessoas desconhecidas. Essa atividade é indicada para a sala de aula ou para a comunidade. 

Conversando sobre cartões 
Quem já enviou ou recebeu um cartão-postal? Lembra-se da alegria ou da surpresa? Muito utilizado como uma lembrança de viagem e uma maneira de compartilhar paisagens com amigos e parentes, a história do cartão não começa assim. Antigamente, a troca de cartões era muito mais constante e não se restringia a viagens e paisagens. Os cartões que trocamos nos dias atuais, em comemorações de aniversário, Natal, formaturas e tantas outras ocasiões, eram também trocados, enviados e recebidos em forma de cartão-postal. Ele valia como um telefonema, um e-mail, uma mensagem. Portanto, não tinha a característica que lhe damos hoje, ou seja, a de ser quase que somente um objeto de turistas. Mesmo restrito a viagens, os cartões cumprem uma missão das mais belas: eles se comunicam com alguém que está longe através de uma imagem e de um pequeno texto que tenta dizer muitas coisas. Os cartões que serão trocados no projeto serão confeccionados pelas pessoas que o vão enviar, o que indica que teremos atividades de observação da paisagem, de desenho e de escrita.

Atividades: 
1. Professor, se você escolheu esse projeto, em sala de aula, reúna o grupo que irá confeccionar os cartões. Uma boa conversa sobre cartões é bem-vinda. Recolha cartões com amigos e parentes para mostrar aos alunos. Peça que também eles procurem cartões postais com os familiares para levar para a classe. Ensine como se escreve num cartão-postal. Pergunte aos estudantes se a cidade possui cartões-postais de suas paisagens. Eles são conhecidos? Tais pesquisas e conversas ajudam a trabalhar o tema, já que muitas crianças (e também adultos) podem nunca ter enviado ou recebido um cartão. O livro Quando o Carteiro Chegou ajudará muito nessa conversa. Monteiro Lobato enviava cartões em muitos momentos de sua vida e os textos que escrevia tratavam de variados assuntos, dos mais íntimos aos mais corriqueiros ou até ligados ao trabalho e a política. 
2. Visitar a cidade. A atividade foi idealizada pensando numa paisagem da cidade para figurar no cartão. Tal premissa nos parece indicada, pois as pessoas ligadas ao projeto estão espalhadas por quatro estados brasileiros e será muito  interessante que mantenham uma correspondência e saibam um pouco sobre as outras cidades. Também está em jogo um novo olhar sobre a cidade na qual se mora. Ao ter a tarefa de desenhar e escrever sobre sua cidade, o mensageiro do cartão terá que fazer escolhas. O que retratar? O que dizer sobre sua paisagem? 
Por isso, sugere-se um passeio prazeroso nos locais escolhidos pelo grupo de alunos ou professores. Professor, lembre-se de que o refinamento do olhar é uma peça-chave dessa atividade. Uma árvore, uma montanha, um antigo bar com seus balcões antigos de madeira, casinhas, janelas enfeitadas com cortinas e pessoas alinhadas na paisagem: tudo é um bom motivo! Mas a escolha é do autor do cartão, sem dúvida. O importante é saber valorizar o olhar e as descobertas que serão feitas nesse passeio pela cidade. 
3. Professor, depois do passeio pela cidade, converse com os alunos sobre o que viram e sentiram no passeio. Só depois da conversa é que os estudantes começam a fazer seus desenhos. Se o projeto está sendo desenvolvido com a comunidade, tente agrupar as mais variadas idades no grupo. Pessoas mais velhas da região podem contar histórias sobre os lugares, valorizando-os ainda mais. Depois da conversa, o grupo pode escolher o tema de seu cartão e fazer esboços. Também podem desenhar diretamente no cartão, caso se sintam 
seguros para isso. 
4. A escolha do material é importante. Cada “artista” sabe com qual tipo de lápis, caneta ou giz seu desenho ficará melhor. A supervisão e ajuda de um professor de artes também podem ser pedidas. Caso a atividade esteja sendo feita somente por pessoas da comunidade, lembre-se de convidar artistas da região, desenhistas, jovens que gostem muito de desenhar, grafiteiros, cartunistas, cartazistas. A presença de pessoas ligadas a atividades artísticas pode ajudar a valorizar o trabalho dessas pessoas da comunidade, que muitas vezes não são reconhecidas na cidade. Mas não só especialistas são convidados e bem-vindos: todos podem desenhar! 
5. Para que a atividade seja completa, é preciso que os cartões sigam via Correio. Existem várias alternativas para realizar a tarefa postal: carta social, envio por lote de cartões e não isoladamente. 
6. As formadoras fornecerão os endereços para troca de cartões. Além de conhecer as cidades, espera-se que muitas novas e duradouras amizades surjam em todo o Brasil. 




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