segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PARA GOSTAR DE LER... POEMA




RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

DICA LITERÁRIA

Livro: Vou ganhar uma irmã. E agora?
Autor: Marcia Almeida
Editora: Baraúna
Categoria: Literatura Nacional | Infantil
ISBN: 9788579234766
Páginas: 24
Lançamento: 2011

Sinopse:
Ele recebeu a notícia de que ia ganhar uma irmã! Ficou confuso e com medo dessa novidade em sua vida. E sua mãe? Continuaria a cuidar dele, como sempre fez? Como seria ter uma irmã, bem menor, que chora e pode pegar seus brinquedos? Acompanhe a divertida história de Gabriel, um garoto de cinco anos que passa pela experiência da chegada de uma irmã. E você? Tem irmãos?

LEITURA E RECONTO DE HISTÓRIAS



LEITURA PELO PROFESSOR E RECONTO PELAS CRIANÇAS -
ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DO PROFESSOR

(...) A roda de leitura pelo professor e o reconto feito pelas próprias crianças são situações didáticas distintas, que contribuem para diferentes aprendizagens das crianças. Ao planejar, é importante observar algumas orientações didáticas. Veja a seguir:

1. ANTES DE LER
* Escolher um texto de boa qualidade literária, que ofereça um bom enredo que subsidie as crianças para as atividades de ouvir histórias lidas e que possa apoiar a atividade posterior de reconto;
* Antecipar como acontecerá o trabalho de leitura e reconto, planejando como fazê-lo, inclusive antecipando boas perguntas que podem ser feitas para que a turma pense acerca da história ouvida e das formas de recontá-la, apoiadas nas regras da narrativa da linguagem escrita (e não da oral);
* Comunicar e combinar com a turma as fases do trabalho de leitura e reconto que acontecerá posteriormente, antecipando o que será realizado e chamando as crianças a participação;

2. DURANTE A LEITURA
* Ler o texto na íntegra, sem interromper a leitura para mostrar as imagens: ela pode combinar com as crianças e mostrar as imagens antes ou depois de ler a história;
* É necessário que esta atividade de leitura envolva as crianças no enredo da história, na forma que a professora utiliza a língua para ler e dar significado a narrativa escolhida para o trabalho (de leitura e reconto);
3. DEPOIS DE LER
* Conversar com as crianças sobre a história ouvida: que parte da história mais gostaram, como podem reconhecer esta parte da história no livro, o que faz com que esta parte seja interessante, dentre outras perguntas;
* É importante que a professora seja orientada de que nem todas as crianças precisam falar nesta roda. As falas podem ser socializadas e problematizadas coletivamente;
* Esta conversa não deve se transformar numa checagem dos conteúdos da história como: enumerar nomes dos personagens, encadear corretamente os fatos, mas se constituir num momento prazeroso de troca de impressões sobre uma história ouvida através da leitura da professora.

Quanto à atividade de reconto, é interessante notar o papel que ela cumpre na apropriação da linguagem pela própria criança. A criança conta a história, mas, ao fazer isso, procurando recuperar o texto tal como aparece no livro, ela utiliza a linguagem escrita. Por esse motivo, a proposta do reconto tem valor em si e não necessita ser sempre seguida por um registro escrito (o ditado da história feito pela criança é importante porque promove outras aprendizagens, mas não substitui o reconto). Veja a seguir algumas orientações para o planejamento do reconto pela criança:

1. ANTES DO RECONTO
* Realizar leituras de histórias para as crianças de acordo com asorientações do texto acima e de preferência muita vezes;
* Antecipar perguntas que podem ser feitas as crianças que apóiem o reconto da história lida pela professora;
* Pensar em outros apoios ao reconto: o uso das imagens e textos do próprio livro pelas crianças, a participação de uma ou várias crianças no reconto, a chamada de atenção das crianças para os
marcadores da linguagem escrita presentes no texto, dentre outros.


2. DURANTE O RECONTO
* Retomar o texto com as crianças ( pode ser na sequência da roda após a leitura);
* Incentivar as crianças a retomarem oralmente o texto lido (pela memória);
* Verificar se uma ou mais crianças farão o percurso do reconto e, sem interromper a narrativa de cada criança, provocá-las a completarem suas idéias;
* Esta atividade não pode estender-se por muito tempo e pode ser repetida se a professora tiver a intenção de reescrever a história a partir da narrativa das crianças, atividade que mobiliza outros conhecimentos acerca da linguagem escrita;
* Para tematizar esta prática e poder entendê-la melhor, pode-se filmá-la ou gravá-la;


3. DEPOIS DO RECONTO
* Não há necessidade de escrever a história narrada pelas crianças, a não ser que a finalidade do reconte seja reescrever a história (com a professora como escriba);
* Repensar o papel da ilustração de trechos da história como apoio a atividade de reconto: como desenhar a história ajuda acriança a pensarem nos conteúdos da linguagem escrita?
* Rever ou ouvir com as crianças as gravações realizadas e compará-las com nova leitura do texto.



A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE LER E RECONTAR


Um dos principais objetivos da roda de histórias é construir familiaridade das crianças com os livros e a leitura. Por isso, a leitura em voz alta que é feita pelo professor na roda de história, é uma atividade permanente na rotina da educação infantil. A indicação dos livros favoritos também pode ocupar esse espaço, com periodicidade semanal, por exemplo, marcando o dia de emprestar e devolver os livros da biblioteca de sala. A organização de um painel coletivo é uma dica interessante para promover a troca de todas as crianças que participam da comunidade leitora daquela U.E. Já o reconto, pode ser proposto como parte de uma seqüência didática em que todas as crianças da turma possam se envolver com as histórias e se posicionar de diferentes maneiras, ora como ouvinte, ora como leitor. Pode, ainda, ser um projeto maior, envolvendo a produção de um encontro de leitores em diversas rodas o que vai exigir das crianças a resolução
de diversos problemas: a eleição dos livros favoritos da comunidade; a leitura e o estudo dos livros que serão recontados; a programação de convites, da programação e dos cartazes do evento etc. Todas essas atividades envolvem as crianças nas diferentes práticas da nossa língua.

A QUALIDADE DO MATERIAL GRÁFICO APRESENTADO ÀS
CRIANÇAS


É preciso cuidar do material que se vai expor ao grupo: o texto que é apresentado às crianças faz diferença na qualidade da leitura que elas poderão realizar. Como elas poderão antecipar significados a partir de imagens infantilizadas e empobrecidas que não ampliam o que vão aprender e, muitas vezes, reforçam enganos e idéias preconceituosas ou estereotipadas?
É importante escolher textos que possibilitem às crianças uma primeira leitura, antecipando-se ao professor. O professor pode decidir como usar os materiais que ele possui na escola. É possível, por exemplo:
* levantar os vários livros que tratam da mesma história;
* ler versões diferentes do mesmo conto justamente para notar a diferença de linguagem, para apreciar o texto bem escrito;
* fazer rodadas de leitura crítica, recomendando ou não os livros que a turma mais gosta para o restante da sala ou para outras crianças da escola.
Desse modo, ele vai ampliando suas expectativas de formação dos leitores de sua turma, criando contextos cada vez menos artificiais para essa instigante tarefa.
(Orientações Curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didaticas p. 89)

* fonte: Cadernos da Rede , PMSP

O DESENHO DA CRIANÇA COMO EXPRESSÃO DE CULTURA



PARA ALÉM DO PAPEL: O DESENHO DAS CRIANÇAS COMO EXPRESSÃO DE CULTURA


A Situação-problema
O desenho infantil é uma das linguagens mais próximas da criança. Através do desenho ela representa seu pensamento, procurando compreender as relações, os fenômenos, as pessoas.
Entretanto, ao observar as paredes da escola, especialmente no ano de 2008, percebemos o quanto ainda era necessário refletir sobre o desenho da criança enquanto linguagem e pensamento. O que se encontrava era uma atividade em si mesma ou apoiada numa concepção que considerava a cópia como estratégia.
Desenhos mimeografados, prontos ou para serem copiados, pintados de forma homogênea, tirando da criança o que ela poderia fazer de melhor - criar, imaginar, representar, dar-se a conhecer e conhecer através de seus traçados. Diante desta percepção o desafio se colocava: Como colaborar para que as professoras compreendessem o desenho como linguagem, ampliando as possibilidades de seu uso, de forma significativa e desafiadora?


O Histórico
No ano de 2008, quase dois terços do grupo de professoras em Jornada Especial de Formação (JEIF) avançou numa reflexão de que a utilização dos espaços na EMEI não refletia um ambiente ocupado por crianças, avaliando que o mesmo se dava nas salas de aula. Desenhos estereotipados ou mimeografados eram considerados válidos como produção das crianças. Outro dado que nos chamava atenção é que as produções das crianças não estavam presentes nas representações visuais da escola. Esse fato nos incomodava e motivou o início de um trabalho de formação focado na leitura dos textos “Registros e Paredes” de Meire Festa, e “A organização dos espaços na Educação Infantil” de Lina Iglesias Fornero, os quais permitiram discutir com as professoras a respeito da ocupação do espaço físico da escola. Os textos eram intrigantes pelo seu conteúdo, e “um passeio” pela escola (com a finalidade de tentarmos identificar, no pátio externo e interno e no corredor das salas de aula, o que temos “olhado, mas não temos visto” ao longo do tempo em que estamos nesta escola) mostrou-nos o que diariamente era olhado sem ser visto!
Naquele ano, as professoras detectaram que a escola estava vazia de “coisas de criança” e que a pintura nas paredes internas, com personagens de Walt Disney, e outros desenhos estereotipados no corredor das salas datavam de pelo menos 20 anos, de acordo com as primeiras professoras da escola. As demais eram da década de 1990.
Entendemos que algo poderia ser feito e, então, consultamos prestadores de serviço com a intenção de substituir os desenhos estereotipados por uma coletânea de desenhos realizados pelas crianças durante o ano de 2008, em diferentes estágios.
Para dar início à modificação do espaço interno, uma boa pintura na escola poderia ser o ponto de partida para a instalação de um novo ambiente bem como a substituição do mobiliário das crianças por outro, de tamanho mais adequado.
Conseguimos a pintura, que foi realizada pela própria Prefeitura, e em seguida a nossa tão sonhada “faixa decorativa” por toda escola.
Logramos sucesso naquela empreita, tendo em vista que as professoras se orgulham das representações gráficas que hoje estão nas paredes de nossa escola. Estamos falando da reprodução cuidadosa de desenhos elaborados pelas crianças, que hoje colorem os corredores das salas, do pátio interno e da área onde fica o parque e as “quadrinhas”.
Costumo dizer que estamos num processo de mudança e de reflexão sobre o significado da infância em nossos dias, apesar de já estarmos lidando com crianças pequenininhas há tanto tempo! Este processo precisa acontecer de “dentro para fora” e a decisão de ilustrar, naquele ano, primeiro as paredes internas não foi por acaso.
Acredito que estamos num caminho no qual concebemos a criança como sujeito de direitos, sujeito ativo no processo de aprendizagem, protagonista de seu percurso criador, de tal modo que assumimos o compromisso de colocar luz em suas produções, em suas aprendizagens e em suas experimentações.
Entendemos seus desenhos como imagens de alguém competente para produzir conhecimentos, que sabe muito e pode contribuir e aprender nas diversas interações. Está claro para nós que são os desenhos das crianças que queremos ver ilustrando os murais e paredes de nossa escola.
Deste modo, no ano de 2010 aproveitamos a ideia do Concurso de Desenhos da Prefeitura para reunir e selecionar os desenhos das crianças. Mesmo conhecendo a crítica feita a Mario de Andrade pelo concurso de desenhos realizado em 1937, ousamos também utilizar o mesmo recurso para expor os desenhos das crianças para além dos muros: eles agora compõem a Galeria de Arte das Crianças, nome sugerido pelo prestador do serviço de pintura e aceito pelos profissionais da EMEI, que se estende tanto pelo muro da Avenida Inajar de Souza quanto pelo da Rua Félix Alves Pereira. Os desenhos foram escolhidos pelas crianças através de um processo eletivo com a professora da classe.


Definindo objetivos
Tendo em vista nosso desejo em aprofundar nossos olhares para a temática das relações entre os diferentes atores da escola e com o intuito de buscar a democratização das relações entre os docentes, equipe de apoio e crianças, temos a certeza de que alguns caminhos em torno de certos objetivos ainda necessitam ser trilhados (ou recuperados!); entre eles destacamos o que ainda desejamos:
1- Compreender o desenho como linguagem e pensamento da criança;
2- Entender o desenho enquanto produto de cultura da infância;
3- Reconhecer a criança como protagonista de suas experiências;
4- Aproximar as professoras da experiência de Mario de Andrade e de sua concepção de infância, cultura e protagonismo infantil, em especial daquele que se relaciona o desenho à expressão cultural de um povo.


O fazer cotidiano, o estudo e a reflexão
Algumas professoras ainda acreditam que as crianças necessitam de modelos, que são oferecidos para as crianças, seja por que não consideram que as crianças serão capazes de desenhar sem ter “uma idéia” do que fazer seja por não acreditarem que este seja, verdadeiramente, o melhor caminho.
Vivemos situações nas quais modelos ainda são oferecidos às crianças e, infelizmente, ainda observamos que alguns conteúdos não fazem sentido imediato para elas. Em alguns casos, as professoras ainda estão definindo o que elas devem aprender.
Entendemos que colorir desenhos oferecidos pela professora ou aqueles que são mimeografados inúmeras vezes são apenas atividades mecânicas, que em nada colaboram para que a criança expresse seu pensamento, suas experiências ou aquilo que percebe do mundo.
Consideramos que o desenho seja uma linguagem através da qual a criança expressa o que sabe e o que aprendeu. Dessa forma, ele é considerado linguagem fundamental na infância, que, portanto, deve ser respeitada e valorizada, especialmente na escola de educação infantil.
Nossas conclusões preliminares sobre a utilização equivocada do desenho enquanto linguagem foi-se construindo nos momentos de socialização de atividades em horários coletivos, através do contato com os registros das professoras em seus Diários de Campo, bem como através da observação das crianças em atividades na sala e fora dela, que a professora declarava como atividade de “desenho”.
Observamos que as crianças desenham frequentemente, porém, em alguns casos, como atividade para “passar o tempo”, para esperar alguma outra atividade ou ainda como intervalo entre uma atividade e outra.
É o caso do “desenho livre”, que ocupa um espaço livre e sem compromisso. Na maioria dos casos ele é guardado e não se configura em material de estudo e pesquisa da professora, ou seja, com raríssimas exceções ele é retomado para que se possa fazer uma “leitura” daquilo que poderia estar por trás dos traçados das crianças.
Nosso compromisso de tratar o desenho como linguagem está para além do aprendizado de técnicas ou da compreensão de suas fases de desenvolvimento. Pretendemos realizar um trabalho que considere o desenho como instrumento da cultura da infância, característica do protagonismo infantil materialização da experiência cultural de uma época: o tempo de ser criança.
Temos como prioridade o respeito às culturas infantis e o direito ao brincar, em que a organização dos tempos e espaços seja ressignificada pela criança e pelos professores, através das diferentes linguagens, suas mais diversas formas de expressão e de seus saberes espontâneos, de modo a favorecer a ação educativa. E o desenho é uma delas


Por fim...
A criança vem ocupando um lugar de destaque em nossa sociedade, mesmo que de forma paradoxal, chamando a atenção de pesquisadores para suas capacidades criativas e de constituição da e na linguagem.
A perspectiva da sociologia da criança e da infância vem pensando a criança como categoria social desde a década de 1990 e traz importantes elementos para se pensar as crianças como produtoras de culturas. As diferentes formas de interagir no e com o mundo a sua volta, especialmente por meio do desenho, constituem o campo de produção da linguagem infantil.
Acredito que estamos encontrando um caminho, e é nesse contexto que entendemos o texto de Márcia Gobbi Foi respeitada a expressão da criança quando disse o que fez: Mário de Andrade e os desenhos das crianças pequenas, e as inúmeras lições deixadas por Mário de Andrade.
Valorizar o desenho da criança é um exercício de compromisso com as diferentes culturas: trata-se de um exercício de traduzir o desenho em projetos para apresentar o povo brasileiro a ele mesmo. Gobbi (2005) nos lembra que as crianças, constituem um pedaço deste povo, por vezes silenciado, não ouvido.
Mário de Andrade, em sua coleção de desenhos de meninos e meninas, grandes e pequenos, hoje pertencente ao acervo do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, valoriza as manifestações infantis nessa busca pelo povo, um exercício que nós temos que aprender a fazer. Temos que compreender que as crianças produzem culturas em suas criações e em seus espaços e cabe a nós dar-lhes vez e voz.

* ¹ Este texto foi elaborado por Waldete Tristão Farias Oliveira, com apoio de Denise da
Silva Marquezini Moura Brasil - EMEI Prof. Arlindo Veiga dos Santos


PARA REFLETIR...


“...a escola deve ser um lugar para todos, um lugar de encontro no sentido físico, social, cultural e político da palavra. Um fórum ou lugar
para se encontrar e se relacionar, onde crianças e adultos se encontram e se comprometem com alguma coisa, onde dialogam, ouvem e
discutem para partilhar significados.”
Peter Moss (2009)