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sábado, 2 de julho de 2016

LINHAS E ENTRELINHAS DE UMA HISTÓRIA - COMO TRABALHAR REESCRITA COM CRIANÇAS DE 6 ANOS

As histórias são fonte para inúmeras aprendizagens que colaboram para a construção do sujeito, para a compreensão das questões afetivas, para o desenvolvimento da imaginação, do pensamento. São também recursos inestimáveis para conhecer a linguagem com a qual se escreve. A reescrita do conto oriental “O Quebrador de Pedras” surpreende e encanta, pois as crianças aprendem muito sobre o que envolve a escrita e a produção de texto


No primeiro semestre as crianças tiveram a oportunidade de ouvir vários contos e se encantaram com alguns deles, pedindo que eu os recontasse mais de uma vez. Quando propus que, em duplas, elas reescrevessem o conto preferido, a turma realizou uma votação e escolheu “O Quebrador de Pedras”1.
Antes de relatar as etapas mais importantes de todo o processo que se seguiu, é fundamental compreender dois aspectos essenciais que justificam uma proposta de reescrita de um conto conhecido.

Em primeiro lugar, a partir do contato com bons textos a criança tem a possibilidade de compreender características da linguagem que se escreve, muito diferentes da linguagem coloquial. Isto é, se a criança vai escrever uma história inventada, por exemplo, é natural que faça uso de expressões que costuma falar em seu dia-a-dia.
Em contrapartida, se vai reescrever uma história que conhece bem, pois já ouviu e contou várias vezes, terá a possibilidade de fazer uso de expressões que aparecem no texto, aproximando-se da linguagem que se escreve.
Em segundo lugar, a criança pode ter a chance de desenvolver competências como leitora, pois o fato de reescrever uma história já conhecida possibilita criar novos instrumentos de análise do que, de fato, constitui um bom texto.
Maria Fernanda e Bárbara, 6 anos
Isto é, a proposta de reescrita permite que a criança reflita sobre questões que se referem a alguns aspectos do gênero que não são percebidos enquanto se lê e, ao colocar-se tais questões, é possível que se dê conta de tais aspectos como leitora.
Por exemplo, buscar maneiras de enriquecer a descrição de onde se passa uma história na hora de iniciar um conto permite que a criança possa, ao ler vários outros contos, analisar se o que está lendo é ou não um texto de qualidade em termos descritivos.
Portanto, foi importante esclarecer para as crianças que elas não iriam copiar a história, mas sim criar uma mesma história a partir do texto fonte, buscando recursos próprios para contar o que achavam mais importante.
O início do trabalho 
Relemos o texto mais de uma vez, as crianças recontaram a história oralmente em diferentes situações e tivemos várias conversas sobre como imaginavam Shao Lee, personagem principal, e sobre o significado daquela história:
– Eu acho que o Shao Lee tinha uma barbichinha porque morava no Oriente – começou Luís Felipe.
– Acho que ele tinha os dentes amarelos e era muito pobre! Coitado, ficava muito no sol… O dia inteiro! – continuou Bárbara.
– Deve ter bigode porque aí o sol não queima o rosto dele – disse Maria Fernanda.
– Então ele era moreno e tinha os olhos escuros – concluiu Beatriz.
– E era bem magro, eu acho! – completou Patrícia.
– Por quê? – perguntei.
– Ué, ele não tinha dinheiro para comprar comida; era quebrador de pedras, era pobre! – respondeu Maria Fernanda.
– Mas ele era superforte, quebrava pedras o dia inteiro! – lembrou Gabriel Ghion.
– E a roupa que ele usava tinha que ser escura, por causa do pó das pedras…devia ser toda empoeirada – falou Camila.
– Ele queria ser sempre mais poderoso! – disse Léo.
– Ele nunca ficava contente! – afirmou Bárbara.
– E por que será? – perguntei novamente.
– Sei lá… tem gente que é assim! – respondeu Maria Fernanda.
–Tem gente assim? – insisti – Não é só na história que isso acontece?
– Não aparece nenhum gênio de verdade na vida da gente, mas tem gente que não consegue ser feliz porque não tem o que quer… – comentou Beatriz.
O resultado das primeiras intervenções
No fim de agosto partiram para a reescrita propriamente dita. Dividi as crianças em duplas pensando em alguns critérios como possibilidade de troca de conhecimentos, de colaboração, e pedi que recontassem a história da maneira que quisessem, como fizeram Maria Fernanda e Camila.

A partir da primeira produção de cada dupla, fui realizando intervenções coletivas que dessem subsídios às crianças para enriquecer o início de cada conto. Trouxe, primeiramente, alguns trechos iniciais de diferentes histórias e de descrição de personagens de alguns contos, como esse, por exemplo:
“Há muito tempo não chovia naquela terra. Estava tão quente e seco que as flores ficaram murchas, o capim tornara-se marrom e até mesmo as árvores grandes estavam morrendo. A água evaporou nos rios e nos córregos, os poços estavam secos e as fontes pararam de jorrar. As vacas, os cães, os cavalos, os pássaros e todas as pessoas tinham muita sede. Todos se sentiam incomodados e doentes.”
Propus que, à medida que eu fosse lendo, fechassem os olhos e tentassem imaginar como era o lugar ou o personagem apresentado no texto. A partir desse trecho, as crianças puderam perceber quais as inúmeras características de um lugar que é realmente muito seco.
Além disso, registraram as características do início de um conto:
  • o lugar em que acontece a história;
  • o tempo em que a história acontece;
  • o lugar em que a história acontece.
E, ainda, como deveriam começar as histórias que estão no passado:
  • Era uma vez…
  • Há muito tempo…
  • Nas antigas terras…
  • Há muitos e muitos séculos…
Depois de toda essa discussão propus que começassem a escrever novamente o conto. Podemos observar, na produção de Maria Fernanda e Camila, a mudança significativa no texto, que, dessa vez, traz muitos detalhes.
HÁ MUITO TEMPO HATRÁS NAS ANTIGAS TERRAS DO ORIENTE NÃO XOVIA. HAVIA UMA MONTANHA QUE ERA MUITO GRANDE. NELA, UM SINPRI QUEBRADOR DE PERAS XAMADO SHAO LEE VIVIHA LÁ QUEBANDO PEDRAS ENORMES E BEI GIGATES. DITANTOQUEBRAR PEDRAS FICOU COM AS MÃOS ROXAS SHAO LEETINHA BARBA, OLIOS PUXADOS E ERA MUITO CORAJOSO MAS ERA POBRE E ERA TRISTE
A descoberta de um novo procedimento
Uma vez por semana, as crianças passaram a escrever um pedaço da história. Recebiam já digitada a parte que fora escrita e continuavam a escrever do ponto em que haviam parado. As duplas reliam o que já estava escrito e Bete, professora auxiliar, e eu fazíamos perguntas sobre alguma informação que não estivesse clara ou que estivesse faltando.
A princípio as crianças se mostraram muito resistentes em complementar algumas informações: é que elas não queriam copiar ou escrever tudo novamente. Então ensinamos o recurso do uso de asteriscos numerados (*1) para indicar onde deveria ser acrescentado um novo trecho. Cada dupla poderia escrever em outra folha o que seria complementado durante as revisões e a nova digitação. Observe como Lucas e Luiz Otávio complementaram algumas informações:
Para nossa surpresa, esse recurso passou a ser utilizado até mesmo em outras situações, durante a produção dos textos para a Feira de Ciências, por exemplo.
As produções revelam as aprendizagens das crianças A descrição do “novo Shao Lee” cada vez que era transformado pelo gênio também passou a ser explorada, dando ao leitor uma idéia muito completa de sua nova personalidade, como mostra o exemplo da Claudia e da Juliana:
NO MESMO TEMPO SHAO LEE SE VIU DENTO DE UM PALÁCIO QUE ERA SEU VIU QUE ESTAVA COM UMA ROUPA DE UMA COROA DE OURO E MUITOS COSTUREIROS FAZENDOS MUITAS ROUPAS BONITAS PARA ELEL MAIS NÃO FICOU FELIZ POR MUITO TEMPO UM DIA NOM DOS SEOS PASEIOS ESTAVA NUMA LITEIRA O SOL SE DEPARAVA NA COROA DE SHAO LEE SEMPRE QUE ELE IA PASIAR NA RUA O SOL BRILHAVA EM SUA COROUA E ELE FICAVA MUITO IRITADO: – GÊNIO EU QUERO SER SOL
Também foi possível, durante a reescrita de cada trecho, acompanhar o uso freqüente que as duplas faziam de expressões que, sem dúvida nenhuma, caracterizam um bom texto literário. A qualidade de um trecho do texto de Bárbara e Gabriel Silveira confirmam isso:
Quando e como faz sentido aprender pontuação
Fui procurando pontuar e socializar descobertas que algumas duplas fizeram, a partir da observação do texto fonte, sobre o uso de “dois pontos” e “travessão” indicando a fala de personagens.
– “Olha, aqui no livro sempre que o gênio e o Shao Lee vão falar tem esses dois pontinhos e esse tracinho…” – disse Beatriz.
Depois de sua descoberta, as produções escritas passaram a trazer essa pontuação, como no exemplo de Patrícia e Gabriel Ghion:
EQUANTO MAIS OSHAOLE RECLAMAVA QUEOGENIO APARESEU O GENIO DISEASIM:
– O QUE VOCE QUER
EU QUERO CER UM SOL, O GENIO EXCLAMOU:
– CEU DESEJO É UMA ORDEI
Acabei informando também sobre o uso dos pontos de exclamação e interrogação, a partir da análise de um trecho do texto fonte, pois, a exemplo de André Parise e Léo, as crianças se apropriaram do uso de palavras como “exclamou” e “perguntou”:
A investigação de novos recursos discursivos
Um outro aspecto bastante discutido na exploração desse conto diz respeito à repetição de alguns trechos. Fiquei surpresa com a ligação que as crianças conseguiram estabelecer entre o recurso da repetição e o efeito que se quer causar no leitor:
– Eu acho que o gênio aparece e responde sempre do mesmo jeito pra gente saber que ele está aparecendo muito – disse Claudia.
– É pra gente que está lendo saber que o gênio sempre faz a mesma coisa!
– corrigiu Camila.
– E que o Shao Lee nunca fica satisfeito – completou Lucas.
– É pra gente que está lendo ir se cansando de ouvir, igual como o gênio estava se cansando de receber tantos pedidos! – disse Luiz Gustavo, indo ainda mais longe.
Um bom exemplo de que as crianças compreenderam muito bem que uma reescrita não é uma cópia foi observar que cada uma encontrou uma maneira diferente de repetir alguma passagem ou de utilizar uma mesma palavra, escrevendo-a mais de uma vez, a cada pedido do gênio, como fizeram Henrique e Luís Felipe:
Aprender a revisar textos
Depois que as crianças concluíram suas histórias, iniciamos um processo de revisão dos textos, considerando aspectos de coerência, pontuação e ortografia. Um dos recursos utilizados para a revisão foi oferecer já digitados os textos corrigidos por elas anteriormente, acompanhados de bilhetes que apontavam às duplas o que precisaria ser alterado:

Para revisar algumas questões ortográficas, xeroquei histórias escritas pelas crianças e coloquei-as em transparência, utilizando o retroprojetor para uma análise coletiva. Assim, elas foram relendo e alterando algumas palavras.
Vale ressaltar que as reescritas foram “corrigidas” e “melhoradas” a partir das possibilidades do grupo e, por isso, ainda há algumas escritas ortograficamente incorretas. Mas acredito que, já que esse produto final representa toda a evolução conquistada em termos de escrita, é importante respeitar o que pôde ser revisto até o final do grupo 6, o que não é pouca coisa!
Um fechamento com final muito feliz
Após todas as revisões as crianças confeccionaram a capa do livro e ilustraram seus contos: o resultado pôde ser apreciado no dia da formatura da turma que estava passando para a primeira série do ensino fundamental. Elas estavam sabendo tantas coisas!

Todas as reescritas ficaram encantadoras! Esta foi, sem dúvida nenhuma, uma excelente oportunidade que as crianças tiveram de perceber, já nas primeiras produções de texto de suas vidas, que por trás das linhas de qualquer texto bem escrito há muitas entrelinhas: versões diferentes, rascunhos, palavras substituídas, omitidas, acrescentadas, interrupções para se olhar para o vazio na procura de uma palavra mais bonita, deslocamentos do autor, colocando-se no lugar do leitor para pensar se vai entender ou não o que se procura dizer, pedidos para que o outro leia e nos diga o que achou, se algo pode ou deve ser melhorado etc.
Enfim, saber desde cedo que a escrita é sempre um processo que precisa contar com a disponibilidade e com o compromisso de escrever, ler, reescrever, para melhorar o próprio texto e ficar satisfeito com sua própria produção. Isso fará, com certeza, com que essas crianças tenham maiores chances de serem verdadeiros usuários da escrita, aqueles que encaram o papel em branco como um convite para a criação, vendo-o como uma grande aventura e não como um espaço que amedronta e paralisa.
1 “O Quebrador de Pedras”, in Novas Histórias Antigas – Rosane Pamplona & Dino Bernardi Junior – Brinque Book Editora de Livros Ltda

Bibliografia

  • Aprender a escrever, ensinar a escrever. Magda Becker Soares, do livro A Magia da Linguagem. Org. Edwiges Zaccur. DP&A Ed.Tel.: (21) 233-2518
  • O quebrador de pedras. Coleção Novas Histórias Antigas. Rosane Pamplona & Dino Bernardi Junior. Ed. Brinque Book.Tel.: (11) 3742-8142

Este conteúdo faz parte da Revista Avisa lá edição #10 de abril de 2002. Caso queira acessar o conteúdo completo, compre a edição em PDF ou impressa através de nossa loja virtual – http://loja.avisala.org.br

quinta-feira, 5 de abril de 2012

OS CANTOS DE ATIVIDADES DIVERSIFICADAS NO 1º ANO


Os momentos destinados aos cantos de atividades diversificadas devem ser permanentes na rotina, pois se trata de situação em que o professor propõe a seus alunos diversos espaços de brincadeira, dentro ou fora da sala de aula, nos quais os alunos são convidados a explorá-los.
Os cantos são baseados em três princípios de aprendizagem - a interação, a autonomia e o movimento. Esses três princípios devem ser motivo de constante reflexão dos professores no momento do planejamento das atividades a serem ali realizadas, devem possibilitar:

* Situações de brincadeiras e jogos nas quais se podem escolher parceiros, materiais, brinquedos etc.;
* A participação em situações que envolvam a combinação de algumas regras de convivência em grupo e aquelas referentes ao uso dos materiais e do espaço;
* A valorização do diálogo para resolver os conflitos e por último a valorização dos cuidados com os materiais de uso individual e coletivo.

Os cantos de atividades diversificadas e a interação
A interação entre as crianças permite que sejam trabalhados conteúdos de natureza procedimental e atitudinal, dos quais as crianças se apropriam gradativamente. São esses os momentos em que aparecem as negociações, as discussões no grupo, as tomadas de decisões individuais e coletivas, o respeito pelas decisões, além dos papéis que as crianças assumem durante a brincadeira.


Os cantos e a autonomia
Com as atividades simbólicas realizadas nos cantos, os alunos poderão conquistar a autonomia paulatinamente, mesmo que inicialmente, ela esteja restrita e limitada ao pequeno grupo e as pessoas mais próximas. Aos 6 anos as crianças iniciam o processo pelo qual é possível julgar e decidir levando em conta os atos imediatos presentes na brincadeira e optar por atitudes com base em intencionalidades presentes no jogo de representar papéis, uma vez que as regras foram criadas e obedecidas pelo próprio grupo.
A rotina (delimitação de espaço e tempo nas atividades) da classe compartilhada com os alunos reforça a autonomia, a estabilidade e a iniciativa, principalmente quando a eles é dada a oportunidade de argumentar, pensar, discutir, obter êxito em pequenos empreendimentos, fortalecer e legitimar as regras estabelecidas com eles. Cada criança tem seu tempo para desenvolver a autonomia, porém cabe ao professor ajudar seus alunos nesse desenvolvimento.


Os cantos e o movimento
O movimento deve estar presente nessas atividades de cantos. É importante também que se promovam situações em que as crianças possam estar em contato com diferentes materiais, a fim de explorá-los, como por exemplo: canto do salão de cabeleireiro, canto do mercadinho, canto de arte, entre outros. O importante é que a sala seja organizada para essa finalidade, pois muitas vezes o que se vê nas atividades de cantos são crianças trabalhando em grupos sentados em cadeiras e dispostos em suas mesas. Nota-se que o professor, nestas ocasiões, não realiza quase nenhuma mudança no layout da sala, não promovendo assim o movimento e a criação de um espaço de investigação e construção de conhecimentos que envolvam diferentes aspectos da vida
sociocultural dos alunos.
A imaginação presente nas brincadeiras de faz de conta permite aos alunos interagirem no mundo dos adultos ordenando-o à sua maneira.
Caberá ao professor observar se todos os seus alunos (ou a grande maioria) já tiveram a experiência de trabalhar com os cantos de atividades diversificadas na Educação Infantil. Sabemos que muitos professores receberão alunos que, em sua maioria, não frequentou a Educação Infantil, sendo necessário que eles contextualizem em roda de conversa, a importância dos cantos e como a atividade será realizada. Nesse momento o professor verifica se há cooperação entre os participantes, respeito às regras, se existem desafios nas tomadas de decisões e solução dos impasses. Há ainda a possibilidade de planejamento de mesas com desafios de problemas que envolvam números, classificação de objetos, agrupamentos de diferentes naturezas, entre outras.

quinta-feira, 10 de março de 2011

MÚSICAS - CORPO HUMANO


Minha Boneca De Lata


Minha boneca de lata
bateu com a cabeça no chão
levou mais de uma hora
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
pra ficar boa

Minha boneca de lata
bateu com o nariz no chão
levou mais de duas horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com o ombro no chão
levou mais de três horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
pra ficar boa

Minha boneca de lata
bateu com o cotovelo no chão
levou mais de quatro horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com a mão no chão
levou mais de cinco horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com a barriga no chão
levou mais de seis horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...


Minha boneca de lata
bateu com as costas no chão
levou mais de sete horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com o joelho no chão
levou mais de oito horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com o pé no chão
levou mais de nove horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...

Minha boneca de lata
bateu com o bumbum no chão
levou mais de dez horas
pra fazer a arrumação
desamassa aqui
desamassa aqui pra ficar boa...





Rock Gospel

Cristina Mel



A mão direita à frente,
A mão direita atrás,
A mão direita à frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.

A mão esquerda à frente,
A mão esquerda atrás,
A mão esquerda à frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.



Cabeça para frente,
cabeça para trás,
cabeça para frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.


Esse é o Rock Gospel,
Esse é o Rock Gospel,
Esse é o Rock Gospel,
É assim que a gente faz.

O pé direito à frente,
O pé direito atrás,
O pé direito à frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.


O pé esquerdo à frente,
O pé esquerdo atrás,
O pé esquerdo à frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.


O corpo todo à frente,
O corpo todo atrás,
O corpo todo à frente,
E balance sem parar.

Dance o Rock Gospel,
Gire, gire no lugar,
É assim que a gente faz.


Esse é o Rock Gospel,
Esse é o Rock Gospel,
Esse é o Rock Gospel,
É assim que a gente faz,
É assim que a gente faz,
É assim que a gente faz.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

JOGO COM CARTAS

1.PESCARIA

Número de participantes: 3 ou 4 crianças

Material: de um a dois jogos de cartas (baralhos convencionais ou cartas numéricas confeccionadas pela turma)

Regras: Cada jogador recebe 5 cartas. As demais são espalhadas na mesa, viradas para baixo. Primeiramente, cada jogador forma os pares com as cartas que tem nas mãos e as coloca na sua frente, viradas para cima (se ele tiver três cartas iguais, ele forma um par e segura a outra na mão). O primeiro jogador pede uma carta para formar um par com as que restaram na sua mão. Por exemplo, se Maria acha que Pedro tem um “5” ela pode dizer: “Pedro, você tem um “5”? se Pedro tiver essa carta ele terá que dá-la a Maria. Se ele não a tem então diz apenas “Pesque”. Maria então pega uma carta do “monte” e faz um par, se for possível. Caso contrário ela mantém essa carta que pegou do monte e o jogador à sua esquerda faz então a pergunta a outra pessoa.
O jogo continua até que sejam feitos todos os pares. O que fizer maior número de pares é o vencedor.



2. ARMAR O NÚMERO

Número de participantes: 2 crianças

Material: um jogo de cartas de 1 a 10


Regras: Embaralham-se as cartas e distribuem-se todas aos participantes, que organizam seus montes com as cartas voltadas para baixo. Cada jogador vira as duas primeiras cartas do seu monte, não deixando que seu oponente as veja e deve formar o maior número possível. Por exemplo: se um jogador vira um 3 e um 7 e as deixa assim, terá 37; mas se inverter a posição, terá 73. O que formar o número maior leva as quatro cartas. O término da partida ocorre quando não houver mais cartas e ganha aquele que tiver a maior quantidade de cartas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO



Atividades de sistematização


1 - O que é
São atividades destinadas à sistematização de conhecimentos das crianças ao fixarem conteúdos que estão sendo trabalhados. Em relação à alfabetização, são os conteúdos relativos à base alfabética da língua ou ainda às convenções da escrita ou aos conhecimentos textuais.
Em outras áreas curriculares, podem ser conteúdos que ajudem a compreender ou trabalhar outros assuntos/temas, como as misturas de cores como geradoras de outras cores, a diversidade do mundo animal para compreender as relações interdependentes da vida no planeta, o conhecimento de aspectos do corpo humano como forma de cuidar melhor da própria saúde, etc. Lembrar ainda que as atividades de sistematização podem ser lúdicas, como os jogos.


2 - Sugestão


A - Oficina de produção de textos (para os projetos, por exemplo)
Em que se selecionam alguns gêneros textuais, para que as meninas e meninos escrevam, tendo em vista um projeto e, portanto, uma determinada finalidade e um determinado leitor: as crianças da mesma classe, de outra classe, de outra escola ou, ainda, os pais e a comunidade.
O que importa é reservar momentos, previamente acordados com o grupo, em que se decida, coletivamente, para que, para quem, o que e como escrever.
Para isso, é necessário também que as crianças tenham modelos/referências de textos e assuntos/ temas do que se vai escrever. E mais: que se viva a escrita como um processo: planejando a produção, em função do projeto; fazendo várias versões até a versão final; discutindo possibilidades melhores ou mais eficazes de expressão de certas palavras, enunciados, idéias, tendo em vista o leitor do texto.




* FONTE: ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS - ORIENTAÇÕES PARA INCLUSÃO DA CRIANÇA DE SEIS ANOS DE IDADE

terça-feira, 6 de abril de 2010

PROJETO "NOSSA CIDADE, NOSSA CASA"


PROJETO: NOSSA CIDADE, NOSSA CASA



Produto: uma mostra que expresse a cultura e a produção artística do bairro, da cidade ou do município em que a escola se localiza. O acervo pode ser verbal (oral e/ou escrito), imagético (fotografias, colagens, desenhos, etc), fílmico (gravações em fitas de vídeo). Pode ser também uma exposição de obras da cultura local: esculturas, quadros, peças de tecido, utensílios variados etc.


Objetivo: propiciar que o estudante conheça mais o lugar em que vive, percebendo-se como parte dele.


Desenvolvimento do trabalho
1 – Discuta com os estudantes o projeto: objetivos,etapas, necessidade de envolvimento de todos, responsabilidade de cada um e produto final. Discuta o projeto com os pais/comunidade no sentido de ter a adesão deles em relação à finalidade desse trabalho, assim como possíveis contribuições.

2 – Organize as crianças em grupos para que cada um faça uma pesquisa. As categorias poderiam ser, por exemplo:
- a breve história da cidade;
- o museu;
- a biblioteca;
- os grupos de dança;
- os grupos musicais;
- as comidas típicas;
- o teatro (ou grupos de teatro mesmo sem sede física)
- o artesanato local;
- os artistas da região: poetas, cantadores, contadores de histórias, repentistas, pintores, etc.;
- as atrações turísticas (toda cidade as tem, mesmo que seus moradores, muitas vezes, não saibam ou não percebam esse potencial...).

3 – Auxilie os grupos com a sua pesquisa e também peça para que as crianças pesquisem com familiares, amigos e moradores mais antigos seus conhecimentos sobre a cultura local e até mesmo se há disponibilidade de objetos que possam ser emprestados para a mostra cultural/ acervo. Um gênero textual para esse momento pode ser a entrevista oral ou escrita (*).

4 – Proporcione ainda visitas a locais da cidade que possam contribuir para a pesquisa das crianças, como a sede da prefeitura, o jornal da região, etc. Para essa saída da escola, é possível elaborar com as crianças uma carta-requerimento (*) para reservar/marcar a ida a esses lugares.

5 – Enfatize bastante com os estudantes a questão das mudanças históricas havidas entre o “antigamente” e o “hoje”. Organize com eles, um cartaz que possa ir registrando as contribuições das pesquisas, ao longo do desenvolvimento do projeto, na direção de compreenderem um importante conceito que se refere às permanências e mudanças do contexto histórico e geográfico.



OLHO VIVO
A partir do século XX, são consideradas fontes históricas vários registros como músicas, mapas, gráficos, pinturas, gravuras, fotografias, ferramentas, utensílios, festas, rituais, edificações, literatura oral e escrita, etc. Nesse sentido, os estudantes podem enriquecer suas pesquisas com um farto material, entendendo, inclusive, não só que são parte da história que está sendo construída, como também podem viver o papel do historiador, quando investigam e encontram documentação histórica, a partir dessas fontes variadas.



6 – Ajude os estudantes nos planos de trabalho para que possam ter autonomia de trabalho e cumprir o cronograma estabelecido. Defina com eles quais os dias da semana serão reservados para o projeto, quanto tempo o projeto vai durar, que grupo vai fazer o que, para que, onde, como e quando.

7 – Ao longo do desenvolvimento do projeto, marque as datas em que discutirão os andamentos
das pesquisas, os registros (orais ou escritos) do que as crianças estão aprendendo com o trabalho, o trabalho em cada grupo, bem como os produtos finais: painel fotográfico? Audição de músicas, declamadores, contadores de histórias? Apresentação de dança e/ou de teatro? Exposição de objetos culturais? Feira de comidas típicas? Enfim, são muitas as possibilidades...

8 – Os produtos finais podem ser apresentados tanto num mesmo dia, previamente estabelecido,
quanto em dias diferentes, também acordados em consonância com os estudantes e a comunidade.



OLHO VIVO
É bom lembrar que um projeto pode demandar outros projetos para ampliação de alguns aspectos. Um projeto comporta, assim, uma grande flexibilidade no seu desenvolvimento, a depender dos nossos objetivos, dos interesses e necessidades das crianças e, por fim, do envolvimento de todos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

PROJETO PARA O 1º ANO - NOSSA ROTINA, NOSSAS APRENDIZAGENS




Projeto

1- O que éEssa modalidade de organização do trabalho pedagógico prevê um produto final cujo planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do tempo, divisão de tarefas e, por fim, a avaliação final em função do que se pretendia. Tudo isso feito de forma compartilhada e com cada
estudante tendo autonomia pessoal e responsabilidade coletiva para o bom desenvolvimento do projeto.
O projeto é um trabalho articulado em que as crianças usam de forma interativa as quatro atividades lingüísticas básicas — falar/ouvir, escrever/ler— , a partir de muitos e variados gêneros textuais, nas várias áreas do conhecimento, tendo em vista uma situação didática que pode ser mais significativa para elas. Marcamos com um asterisco (*) alguns gêneros textuais
que serão mais detalhadamente trabalhados na modalidade “Atividade de sistematização”. Ressalte-se que isso poderia ter sido feito também nas outras modalidades organizativas, uma vez que a atividade de sistematização é entendida como uma “parada” para estudar mais, para enfatizar e sistematizar conhecimentos das crianças relativos a temas/assuntos, gêneros textuais, aquisição da base alfabética, convenções da escrita, etc.






Projeto: Nossa rotina, Nossas aprendizagens



Produtos:dada a especificidade desse projeto – trabalhar as rotinas escolares –, podemos pensar em vários produtos finais possíveis. Sugerimos que os registros escritos de determinadas ações sejam considerados produtos finais: listas (*), agenda, quadros e tabelas, regulamento, arquivos temáticos, cartas, coleções, portfolios.

Objetivo:conhecer mais as rotinas escolares como organizadoras das ações cotidianas e todo seu potencial de aprendizagem, não somente em relação à leitura, à escrita e aos conteúdos específicos das áreas curriculares, mas também no que diz respeito às relações interpessoais, aos valores, às normas, às atitudes e aos procedimentos.

Desenvolvimento do trabalho
1 – Discuta com os estudantes o projeto: objetivos, necessidade de envolvimento de todos, responsabilidade de cada um e produtos finais. Discuta o projeto com os pais/comunidade, no sentido de ter a adesão deles em relação à finalidade desse trabalho , assim como possíveis contribuições.
2 – Solicite que as crianças fiquem atentas ao que fazem na escola e ao que pode ser tema de trabalho do projeto, como, por exemplo: - organizar listas para saber quem são os presentes e faltosos, os horários, o cardápio da merenda, a divisão de tarefas/ responsabilidades de cada um, os livros do acervo da classe, os brinquedos do cantinho da brincadeira, etc.; - agenda para comunicar os endereços das crianças, os materiais que serão usados em determinados dias ou atividades, os recados para os pais, etc.;
- quadros e tabelas para organizar dados de forma visual: leituras realizadas na atividade permanente, tarefas realizadas e pendências, planos de trabalho, dados de outros projetos ou das seqüências didáticas, etc.;podemos regulamento para registrar e divulgar normas de comportamento, regras de convivência discutidas com a turma, etc.;
- arquivos temáticos para organizar estudos/ pesquisas feitas sobre temas/assuntos relativos às áreas curriculares, como, por exemplo: “A vida dos sapos”, “O corpo cresce”, “A Terra e o Universo”, “A cidade grande e a cidade pequena”, “Os contos de fadas”, “A Amazônia”, “A televisão”, etc.;
- cartas para que os estudantes se comuniquem com outras turmas, relatando o que estão aprendendo;
- coleções para coletar e organizar “objetos” (tampinhas, figurinhas...), “gêneros textuais” (poemas, fábulas, contos de assombração...). Essa última categorização pode ser objeto de comunicação oral dos alunos, em dias e horários marcados, com antecedência. Dessa forma, as crianças aprendem a se comunicar oralmente, com mais propriedade, a partir de uma situação real, com interlocutores reais e a partir de uma preparação prévia;
- portfolios para registrar e avaliar as atividades feitas, o que se aprendeu, o que mais se quer/ se deve aprender. Veja o que dizem, a respeito, os autores do capítulo Avaliação e aprendizagem na escola: a prática pedagógica como eixo da reflexão:
"O uso de portfolios, por exemplo, pode ser útil para fazer com que os estudantes, sob orientação dos professores, possam analisar suas próprias produções, refletindo sobre os conteúdos aprendidos e sobre o que falta aprender, ou seja, possam visualizar seus próprios percursos e explicitar para os professores suas estratégias de aprendizagem e suas concepções sobre os objetos de ensino.
Tal prática é especialmente relevante por propiciar a idéia de que não cabe apenas ao professor avaliar o processo de aprendizagem e de ensino. Tal concepção é contrária às orientações dadas em uma perspectiva tradicional, com seus fins excludentes de classificar e selecionar estudantes aptos e não-aptos, que sempre foi promotora de heteronomia: como só o professor é quem julgava os produtos do estudante, este introjetava a idéia de que era incapaz de avaliar o que fazia, que só o adulto-professor sabia o certo. Se queremos formar crianças e adolescentes que venham a ser cada vez mais autônomos, precisamos promover, no cotidiano, situações em que o estudante reflete, ele próprio, sobre seus saberes e atitudes,
vivenciando uma avaliação contínua e formativa da trajetória de sua aprendizagem. "
3 – Organizar os recursos, como impressora, xerox, mimeógrafo, papel carbono para reprodução de textos (quando for necessário), e materiais diversos para os diferentes momentos e produtos finais do projeto, como: papéis/ folhas de tamanhos diferentes, lápis, canetas coloridas, caixas de papelão de tamanhos diferentes, cola, etc.
4 – Trabalhar, por exemplo, com os diferentes gêneros textuais e seus portadores/suportes, nas atividades de sistematização, como forma de fazer uma espécie de zoom em cada um, considerando que a produção de textos acontecerá em situações reais, para interlocutores concretos, de forma coerente com a concepção de linguagem como interação.
* fonte: Ensino Fundamental de Nove Anos - Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade (MEC)

domingo, 21 de março de 2010

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O 1º ANO - BRINCADEIRAS DE ONTEM E DE HOJE



BRINCADEIRAS DE ONTEM E DE HOJE







Objetivo:compreender o brincar como ação humana fundamental para o desenvolvimento da pessoa e dos grupos sociais, em diferentes épocas e espaços.

Desenvolvimento do trabalho:
1 – Comece perguntando quais são as brincadeiras preferidas das crianças. Faça uma relação dos nomes das brincadeiras citadas, em um cartaz, e guarde para uma discussão posterior.
2 – Reserve dias, horários e materiais (se for o caso) para as crianças vivenciarem as brincadeiras mais citadas.
3 – Durante as brincadeiras – das quais você pode participar ou não – registre como as crianças
se organizam para brincar; quem fica de fora e por quê; quais as negociações mais freqüentes
entre elas; como vai a sociabilidade da turma, etc. Procure analisar esse momento a fim de que sejam incorporadas as contradições e as tensões sempre presentes nas relações humanas. Ou dito de outra forma: tomar cuidado para não ser moralista e “pregar sermão”, na direção de um “bom” comportamento das crianças, de modo que simplifique o que é complexo.

Veja o que diz a respeito um trecho do capítulo "O brincar como um modo de ser e estar no mundo":
Compartilhando brincadeiras com as crianças, sendo cúmplice, parceiro, apoiando- as, respeitando-as e contribuindo para ampliar seu repertório. Observando-as para melhor conhecê-las, compreendendo seus universos e referências culturais, seus modos próprios de sentir, pensar e agir, suas formas de se relacionar com os outros. Percebendo as alianças, amizades, hierarquias e relações de poder entre pares.
Estabelecendo pontes, com base nessas observações, entre o que se aprende no brincar e em outras atividades, fornecendo para as crianças a possibilidade de enriquecerem-nas mutuamente. Centrando a ação pedagógica no diálogo com as crianças e os adolescentes, trocando saberes e experiências, trazendo a dimensão da imaginação e da criação para a prática cotidiana de ensinar e aprender.
Enfim, é preciso deixar que as crianças e os adolescentes brinquem e aprender com eles a rir, a inverter a ordem, a representar, a imitar, a sonhar e a imaginar. E no encontro com eles, incorporando a dimensão humana do brincar, da poesia e da arte, construir o percurso da ampliação e da afirmação de conhecimentos sobre o mundo.
Dessa forma abriremos o caminho para que nós, adultos e crianças, nos reconheçamos como sujeitos e atores sociais plenos, fazedores da nossa história e do mundo que nos cerca.

4. a – Quando terminarem de brincar e de conversar a respeito do que se passou, é momento de ouvir as crianças: o que fizeram, como se sentiram, o que tiveram que negociar com o outro, etc. Lembre-se de que o comentário é um gênero textual que prevê uma certa explicação (sobre um fato, um texto escrito, um filme, etc.) e a opinião de quem comenta. Novamente, veja que há uma diferença entre o que se propõe aqui e a atividade permanente, anteriormente explicitada. Na atividade permanente, é “brincar por brincar”. É “brincar como experiência de cultura”, mesmo considerando que o espaço escolar é um contexto específico que também constrói suas relações com as crianças, diferentemente da rua, da casa, etc.
4. b – Uma outra maneira de trabalhar o “depois da brincadeira” é solicitar que as crianças façam colagens, pinturas, modelagens que representem o que viveram, o que experimentaram, o que sentiram quando estavam brincando.
5. a – Solicite que a turma pesquise – em casa, na biblioteca da escola/da cidade, na Internet,
com familiares e amigos – livros que tratem de brincadeiras de crianças. Marcar dia para que todos tragam suas contribuições e socializem uns com os outros. Conversar a respeito das brincadeiras pesquisadas. Comparar com a lista feita no item 1 desta seqüência.
5. b – Se possível, mostre às crianças uma reprodução do famoso quadro de Bruegel “Brincadeiras de rapazes”, que foi pintado em 1560 e está em um museu de Viena, na Áustria. É
uma aldeia medieval, pequena e antiga, em que há muitos brinquedos e brincadeiras. Veja, então, se sua turma reconhece algumas delas: pula-sela? Roda arco? Cambalhota? Quais mais?
5. c – Se possível, mostre também reproduções de telas de Portinari, como “Jogos Infantis” (1945), “Brincadeiras infantis” (1942), “Meninos soltando pipas” (1943), “Menino com pião” (1947), “Futebol” (1935) cujos temas são a infância e o brincar. Discuta formas, imagens, cores usadas pelo artista.
Obs.: há um livro muito interessante, chamado “Brinquedos e Brincadeiras”, de Nereide Schiaro Santa Rosa (Editora Moderna, 2001), que traz muitas reproduções de pinturas e esculturas de artistas brasileiros e estrangeiros
6 – Peça que os estudantes pesquisem a respeito das brincadeiras dos pais, avós, tios, primos mais velhos, em seus tempos de criança. Solicite que gravem, escrevam ou peçam para alguém escrever as regras de como se brincava cada uma das brincadeiras.
7 – Em dia e hora, previamente marcados, organize a turma em pequenos grupos para que contem uns para os outros a respeito das brincadeiras pesquisadas.
8 – Solicite que cada grupo explique para o grande grupo uma ou duas brincadeiras, entre todas as trazidas pelas crianças, em momento reservado especialmente para isso.
9 - Proceda, junto com as crianças, a uma seleção das “brincadeiras de antigamente”, entre aquelas que foram apresentadas. Aproveite para categorizar as brincadeiras trazidas, com alguns critérios, como: brincadeiras com o corpo, brincadeiras com bola/sem bola, brincadeiras de meninas/meninos/ambos (e outros critérios estabelecidos por você e sua turma). Façam depois uma votação das brincadeiras já conhecidas e experimentadas pelas crianças, usando, para a contagem dos votos, gráficos e tabelas. Essa é uma boa oportunidade para trabalhar a linguagem gráfica da matemática.
10 – Organize espaço, tempo e materiais para que as crianças brinquem as “brincadeiras de antigamente”. Se possível, convide familiares dos estudantes para esse momento. Cada familiar pode ficar em um pequeno grupo para também brincar.

OLHO VIVO
É possível proceder a um processo de escolha das brincadeiras, pelas crianças, para
que se elabore uma coletânea, cujo título poderia ser, por exemplo, “Brincadeiras de
sempre: as brincadeiras preferidas da turma.....”. Mas agora é outra história. O trabalho
pode ser um projeto de produção de livro. Essa escolha passa, é lógico, por
todo um procedimento de escrita que pressupõe um planejamento: para que se
vai escrever, quem é o leitor previsto para o livro, o quê e como escrever. Prevê ainda
versões do mesmo texto até se chegar à versão final para que as regras estejam
bem explicadas tendo em vista o leitor. E finalmente, pensar no dia de lançamento
do livro, junto à comunidade escolar. Lembrar que todo esse trabalho deve envolver
as crianças integralmente, tanto na elaboração das regras das brincadeiras que
constarão da publicação e na confecção do objeto “livro” – capas, página de rosto,
dedicatória, prefácio, sumário, ilustrações –, quanto na organização do
lançamento do livro: convites aos familiares, às outras turmas da escola, à imprensa
local; o papel do “mestre de cerimônia” que faz a abertura do evento e explica
todos os momentos, etc. sobre o tema. Vale a pena conhecer!
* fonte: Ensino Fundamental de Nove Anos - Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade (MEC)

sexta-feira, 19 de março de 2010

SUGESTÕES - ATIVIDADES PERMANENTES PARA O 1º ANO


ATIVIDADE PERMANENTE


* O QUE É?


Trabalho regular, diário, semanal ou quinzenal que objetiva uma familiaridade maior com um gênero textual, um assunto/tema de uma área curricular, de modo que os estudantes tenham a oportunidade de conhecer diferentes maneiras de ler, de brincar, de produzir textos, de fazer arte, etc. Tenham, ainda, a oportunidade de falar sobre o lido/vivido com outros, numa verdadeira "comunidade".


* SUGESTÕES


VOCÊ SABIA? - momento em que se discutem assuntos/temas de interesse das crianças. "Como viviam os dinossauros?" "Por que a água do mar é salgada?" "Como as crianças indígenas brincam?". Cada estudante ou grupo pode se encarregar de tentar descobrir respostas para as perguntas. O professor também pode trazer, para este momento, suas observações sobre o que mais mobiliza sua turma, em termos de curiosidade científica. É hora de trazer conteúdos das outras áreas curriculares: história, geografia, ciências, matemática, educação física, como objeto de leitura e discussão.


NOTÍCIA DA HORA- momento reservado às notícias que mais chamaram a atenção das crianças na semana. Hora de exercitar o relato oral da criança que, por sua vez, vai aprendendo, cada vez mais, a fazê-lo, fazendo. Momento organizado para também o professor selecionar notícias que não mobilizaram as crianças, mas que podem ser discutidas em sala, na tentativa de ampliar as referências do grupo-classe.


NOSSA SEMANA FOI ASSIM...- momento em que se retoma, de forma sucinta, o trabalho desenvolvido e se auxiliam as crianças no relato e na síntese do que aprenderam; em que a memória de um pode/deve ser complementada com a fala do outro; em que o professor faz uma síntese escrita na lousa ou em cópias no papel ou no retroprojetor. Enfim, é hora de sistematizar, um pouco mais, as aprendizagens da semana: o que sabíamos? O que aprendemos? O que queremos aprender mais?


VAMOS BRINCAR? - momento em que se "brinca por brincar", em pequenos grupos, meninas com meninos, só meninas, só meninos, em duplas, em trios, sozinhos. É hora de o (a) professor(a) garantir a brincadeira, organizando, com as crinanças, tempos, espaços e materiais para esse fim. É hora de observar as crianças nesse "importante fazer". É hora de registrar essas observações para que possam ajudar o (a) professor (a) a planejar outras atividades, a partir de um maior conhecimento sobre a turma, sobre cada criança.



FAZENDO ARTE - momento reservado para as crianças conhecerem um artista específico (músico, poeta, pintor, escultor, etc.): sua obra, sua vida. Pode ser hora ainda de “fazer à moda de...”, em que as crianças realizam releituras de artistas e obras. Pode também ser momento de autoria de cada criança, por meio de sua expressão verbal, plástica, sonora.


CANTANDO E SE ENCANTANDO - momento em que se privilegiam as músicas que as crianças conhecem e gostam de cantar, sozinhas, todas juntas. É hora também de ouvir músicas de estilos e compositores variados, como forma de ampliação de repertório e gosto musical.


NO MUNDO DA ARTE - momento em que se organizam idas dos estudantes a exposições, apresentações de filmes, peças teatrais, grupos musicais. Para isso, planejar com as crianças toda a atividade, fazendo o roteiro da saída, o que e como observar. Na volta, avaliar a atividade,
ouvindo o que as crianças sentiram e pensaram a respeito e organizando registros, com blocões, cadernos coletivos ou murais.


COMUNIDADE, MUITO PRAZER! - momento em que se convidam artistas da região ou profissionais especializados (bombeiros, eletricistas, engenheiros, professores, repentistas, contadores de histórias, etc.) para irem à escola e fazerem uma apresentação/palestra/conversa. O evento demanda ação das crianças junto com o/a professor(a): elaborar o cronograma, selecionar as pessoas, fazer o convite, organizar a apresentação da pessoa, avaliar a atividade, etc.


A FAMÍLIA TAMBÉM ENSINA... - momento em que se convidam mãe, pai, avô, avó, tio, tia para contar histórias, fazer uma receita culinária, contar como se brincava em sua época, cantar
com as crianças. É a família enriquecendo seus laços com a escola e com as crianças. É a família compartilhando seus saberes.


DESCOBRI NA INTERNET - para as crianças que têm acesso em casa ou na comunidade à rede mundial de computadores, é possível reservar um momento para as descobertas que realizam, a partir dessa ferramenta de informação. Devagar, o/a professor(a) pode ajuda-las a selecionar informações e a ter uma visão mais crítica sobre o que circula na Internet.


LEITURA DIÁRIA FEITA PELO PROFESSOR - momento em que se lê para as crianças. É momento de o leitor experiente ajudar a ampliar o repertório dos leitores iniciantes. É possível,
por exemplo, ler uma história longa em capítulos, como se liam os folhetins, como se acompanha uma novela na TV, mas também se pode ler histórias curtas, como fábulas, crônicas, etc. Ou ler poemas, com muita expressividade, enfatizando aqueles cuja sonoridade das palavras, cujo jogo verbal são as tônicas da construção poética. É possível ler ainda o quadro de um pintor: suas formas, cores, linhas.


RODA SEMANAL DE LEITURA - com as possibilidades referidas e outras ainda, como, por exemplo, quando as crianças selecionam, de própria escolha, em casa, na biblioteca (de classe, da
escola ou da cidade) livros/textos/gibis para ler em dias e horários predeterminados. Podem depois conversar sobre o que leram para seus colegas. São leitores influenciando leitores. São leitores partilhando leituras.


* fonte: Modalidades Organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade (Alfredina Nery), in ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS - ORIENTAÇÕES PARA A INCLUSÃO DA CRIANÇA DE SEIS ANOS DE IDADE (MEC)


sábado, 16 de janeiro de 2010

1º ANO - MOVIMENTO, BRINCAR, CUIDAR DE SI, DO OUTRO E DO AMBIENTE


Movimento/ Brincar/ Cuidar de Si, do Outro e do Ambiente


As crianças do 1º ano têm o direito de expressar-se também por meio da brincadeira, do movimento, de conhecer seu corpo, suas habilidades motoras exercitando-as, cuidando cada vez melhor de si, do outro e do ambiente. Para isso a escola de Ensino Fundamental, precisa oferecer diferentes oportunidades para que a criança brinque, valorize a atividade física, adquira autoconfiança, e desenvolva ações para garantir seu bem-estar e os cuidados com ambiente.

Fonte RCNEI-PCNS



EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM



1. Brincar por conta própria e interagir com os colegas


* Brincar de: faz- de conta, escolhendo temas, enredos papéis e companheiros.


Condições didáticas


* Organizar espaço, materiais e tempo para que a criança brinque diariamente.


2. Brincar de jogos de construção


* Construir só ou com amigos estruturas de blocos de madeiras, papelão, panos etc. para brincar de temas variados.


Condições Didáticas


* Observar as brincadeiras para registrar as capacidades infantis ligadas à linguagem oral, às interações e socialização, intervindo apenas quando se fizer necessário


3. Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento


* Usar estruturas rítmicas para expressar-se por meio da dança, brincadeiras e outros movimentos.


Condições Didáticas


* Oferecer diversidade de apresentações que envolvam a dança para que a criança aprecie utilizando DVDs, e apresentações ao vivo quando possível.

* Instigar na observação de diferentes tipos de danças apoiando a descoberta e o interesse das crianças


4. Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento


* Desenvolver progressivamente a coordenação,o equilíbrio, a força, velocidade , a resistência, a flexibilidade.


Condições Didáticas


* Propor atividades físicas que envolvam: correr, pular, jogar, nos espaços externos e internos
* Oferecer oportunidades de jogar com regras jogos tradicionais usando bolas, cordas, tacos etc.



5. Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, construindo auto- confiança em suas habilidades físicas

* Perceber e identificar sensações físicas, limites e potencialidades de seu corpo.


Condições Didáticas


* Tornar observável para a criança modificações corporal após exercícios mais intensos e mais calmos.

* Propor jogos que envolvam que envolvam interação, imitação e reconhecimento de partes do corpo.


* Valorizar as conquistas corporais, incentivar as habilidades motoras.



6. Aprender a cuidar de si no cotidiano, com segurança e autoconfiança, cuidar do outro e do ambiente


* Identificar necessidades físicas e saber satisfazê-las com independência.Exemplo sede, frio, calor etc.

* Aprender cuidados básicos de higiene. Exemplo: lavar as mãos após ida ao banheiro e antes de comer.

* Movimentar-se com segurança identificando situações cotidianas de risco contra sua integridade física.

* Oferecer ajuda a um colega quando se fizer necessário.

* Desenvolver hábitos de cuidados com o ambiente, reciclagem, economia de água etc.


Condições Didáticas


* Criar condições para que as crianças possam atender necessidades físicas com independência.

* Ensinar e oferecer condições para o auto-aprendizado dos cuidados de saúde.

* Tornar observável para a criança possíveis áreas de risco, auxiliá-la a identificar códigos identificadores de perigo.

* Chamar a atenção para as necessidades de colegas.

* Instituir hábitos de reciclagem e economia de água.




1º ANO - EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM: LÍNGUA PORTUGUESA


As crianças do 1º ano têm o direito de aprender e desenvolver competências em comunicação oral , em ler e escrever de acordo com suas hipóteses. Para isto é necessário que a escola de Ensino Fundamental promova oportunidades e experiências variadas para que elas desenvolvam com confiança cada vez mais crescente todo o seu potencial na área e possam se expressar com propriedade por meio da linguagem oral e escrita

Fontes:Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil-RCNEI-MEC-Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil-Orientações Curriculares- Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas para Educação Infantil –SME-PMSP


EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM


1. Comunicar-se no cotidiano


*Expressar oralmente seus desejos, sentimentos, idéias e pensamentos.


*Relatar fatos que compõem episódios cotidianos, ainda que com apoio de recursos e/ou do professor.


*Escutar atentamente o que os colegas falam em uma roda de conversa, respeitando opiniões, ocupando seu turno de fala adequadamente.

* Comentar notícias veiculadas em diferentes mídias: rádio, TV, internet, jornais, revistas, etc.

* Usar o repertório de textos de tradição oral tais como parlendas, quadrinhas, adivinhas, para brincar e jogar.

* Reconhecer e utilizar rimas.


* Organizar oralmente as etapas de uma instrução (uma receita ou as regras para uma brincadeira etc.) com apoio do professor.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Criar situações em que a crianças possa expressar-se oralmente.

* Solicitar relatos sobre episódios do cotidiano, ouvindo com atenção, considerando a criança um interlocutor real.

* Criar situações em que as crianças tenham que ouvir os colegas, por exemplo; nas rodas de conversa, atentando para os comportamentos necessários à interlocução.

* Ler para crianças notícias interessantes e solicitar comentários pessoais.

* Ler e ensinar para os alunos, parlendas, quadrinhas, adivinhas, etc.

* Tornar observável para as crianças, as rimas e repetições.


* Trabalhar com as crianças a elaboração de receitas e ensinar jogos de regras lendo as instruções e apoiando o jogo entre elas



2. Comunicar-se em situações formais (para interlocutores mais experientes)


* Dar explicações de fatos e fenômenos sociais e/ou naturais utilizando procedimentos de comunicação oral para um público específico (pais, alunos de outras turmas etc.).


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Desenvolver projetos didáticos e ou seqüência que envolvam observação,pesquisa e informação em livros e na internet sobre conhecimentos da Natureza ou Sociais



3. Ler ainda que não convencionalmente



* Identificar parlendas, quadrinhas, adivinhas e outros textos de tradição oral apresentados pelo professor.

* Ajustar o falado ao escrito a partir dos textos já memorizados tais como parlendas, quadrinhas e outros do repertório de tradição oral.

* Localizar palavras num texto que se sabe de memória tais como as brincadeiras cantadas, adivinhas, quadrinhas, parlendas e demais textos do repertório da tradição oral.

* Localizar um nome específico numa lista de palavras do mesmo campo semântico (nomes, ingredientes de uma receita, peças do jogo etc.).

* Ditar para o professor bilhetes, cartas, textos instrucionais etc.

* Diferenciar publicações tais como jornais, cartazes, folhetos, textos publicitários etc.

* Distinguir algumas características básicas dos textos informativos e jornalísticos e conhecer os diferentes usos e funções desses portadores.

* Localizar informações explícitas no texto.

* Antecipar significados de um texto escrito a partir das imagens / ilustrações que o acompanham.


* Identificar legendas e levantar hipóteses sobre seu significado.

* Ler legendas ou partes delas a partir das imagens e de outros índices gráficos.

* Apreciar e ler por prazer.

* Diferenciar tipos de livros, literários, informativos e demais suportes de texto e nomeá-los, conhecendo seus usos.

* Procurar informações, em imagens, de livros e enciclopédias sobre assuntos relacionados a plantas, corpo humano, animais, entre outros.

* Emitir comentários pessoais e opinativos sobre o texto lido.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Criar oportunidades de leitura: de parlendas, quadrinhas etc. Solicitando que a criança diga onde está escrita determinada expressão, palavra.

* Efetuar atividades que envolvam a identificação de nomes das crianças da sala, e diferentes listas usando práticas sociais, tais como chamadas, elaboração de lista de material para festa etc.

* Oferecer oportunidades freqüentes de contato com diferentes suportes de texto, tornando observáveis as características lingüísticas, estruturais e função social.

* Tornar observável a relação entre imagem e texto, chamando atenção para os recursos que o ilustrador usou para transmitir idéias


* Oferecer momentos de leitura, manuseio de livros de maneira livre.



4. Desenvolver comportamentos leitores


* Desenvolver comportamentos para escutar leitura de histórias com atenção.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Ler narrativas e contos para as crianças tornando observáveis as linguagens próprias a este tipo de texto explicitando os comportamentos leitores.



5. Apropriar-se da linguagem dos contos e narrativas



* Utilizar elementos da linguagem que se escreve no reconto de narrativas.

* Narrar histórias utilizando recursos expressivos próprios.


* Antecipar significados de um texto escrito a partir das imagens / ilustrações que o acompanham.


* Relacionar texto e imagem e antecipar sentidos na leitura de quadrinhos, tirinhas e revistas de heróis.

* Reconhecer nomes dos personagens dos quadrinhos e reconhecer suas características principais.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Solicitar que as crianças recontem após ouvir leituras de contos.

* Ler narrativas e contos para as crianças tornando observáveis as linguagens próprias a este tipo de texto explicitando os comportamentos leitores.

* Criar situações em que as crianças possam antecipar os sentidos do conteúdo dos textos olhando as imagens.

* Criar situações em que as crianças possam antecipar os sentidos das histórias em quadrinho, tirinhas e revistas de heróis.

* Levantar coletivamente com as crianças personagens e suas características após s leitura.



6. Produzir textos escritos ainda que não saiba escrever convencionalmente


* Usar conhecimentos sobre as características estruturais dos bilhetes, das cartas, e-mails ao produzir um texto, ditando ao professor.

* Usar conhecimentos sobre as características estruturais das narrativas clássicas ao produzir um texto, ditando ao professor, respeitando as normas da linguagem que se escreve.

* Revisar textos escritos coletivamente com apoio do professor.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Criar oportunidades de escritas coletivas de bilhetes, cartas e textos instrucionais tornando observáveis suas características gráficas, estruturais e função social.

* Criar oportunidades de escrever coletivamente contos tornando observáveis suas características gráficas, estruturais e função social.


* Presença de situações onde as crianças possam revisar os textos produzidos coletivamente, tornando observáveis recursos de compreensão, expressões de linguagem escrita, formas de evitar repetição.


7. Uso de texto fonte para escrever de próprio punho


* Recorrer a alfabeto exposto na sala, quadro de presença, listas diversas etc., para escrever em situações de prática social.

* Escrever o nome próprio e o de seus colegas onde isto se fizer necessário.

* Produzir listas em contextos necessários a uma comunicação social: lista de ingredientes para uma receita, títulos de histórias lidas, brincadeiras preferidas etc.


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Presença de alfabeto em letra bastão (sem enfeites e desenhos), lista de nomes etc. para apoiar a pesquisa gráfica da criança para escrever de próprio punho.

* Criar oportunidades para que os alunos escrevam listas com função social real.


8. Demonstrar consciência crescente sobre as regularidades do sistema de escrita


* Arriscar-se a escrever segundo suas hipóteses.


* Refletir em dupla sobre seus escritos demonstrando a capacidade de rever a produção inicial


CONDIÇÕES DIDÁTICAS


* Promover situações nas quais as crianças sejam levadas a pensar sobre as especificidades do sistema e escrita alfabética


* Ler para as crianças diferentes tipos de livros e textos tornando observáveis os comportamentos leitores necessários para cada tipo de suporte de texto.