Objetivos
- Construir um ambiente de acolhimento e segurança para os bebês e suas famílias.
- Estabelecer diálogos com eles e ressignificar os gestos, as ações e os sentimentos por meio da linguagem.
Conteúdos
- Inclusão das famílias no processo de adaptação.
- Respeito às singularidades de cada criança.
Idade
Até 2 anos.
Tempo estimado
Duas semanas.
Material necessário
Objetos de apego dos bebês e para os cantos de atividades diversificadas, uma foto de cada criança e livros de literatura infantil.
Flexibilização
Bebês com deficiência intelectual costumam apresentar um desenvolvimento mais lento que os demais. No entanto, no caso de deficiências menos severas, essas diferenças podem ser pouco notadas nos primeiros anos de vida. O bebê é capaz de desenvolver sua mobilidade (mesmo que tenha algumas limitações motoras) e também a capacidade de comunicação, embora costume apresentar dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial. Certifique-se das limitações desta criança, respeite o ritmo de cada bebê e conte muito com a ajuda dos pais ou responsáveis para adequar os procedimentos nas situações de cuidado e de aprendizagem. Repetir atividades e oferecer objetos que façam parte do dia a dia do bebê são ações fundamentais que ajudam a criança nesse processo de acolhimento. Organizar um caderno de registros, com as evoluções e dificuldades de cada bebê em diferentes situações de aprendizagem também contribui para diagnosticar eventuais dificuldades da criança.
Desenvolvimento
1ª etapa
Leia a anamnese dos bebês ou entreviste seus familiares. Converse com eles sobre a possibilidade de uma pessoa próxima à criança acompanhar o período de adaptação e participar de situações da rotina para compartilhar formas de cuidados com o educador. Não é preciso que os pais estejam presentes. Outros responsáveis, como avós, tios e irmãos mais velhos, podem participar dos primeiros dias.
2ª etapa
No primeiro dia, acompanhe os responsáveis nas situações de cuidado, como banho, alimentação e sono, e observe procedimentos e formas de interação (a entrega do objeto de apego no momento de sono, como foi interpretado o choro etc.). Monte alguns cantos (por exemplo, com jogos de encaixe) e se aproxime dos pequenos. Depois, faça uma roda com eles e as pessoas de sua referência para despedida e transforme os gestos e as ações observados em palavras. Converse sobre as brincadeiras, os interesses e o que foi possível aprender sobre eles: João gosta de bola, Marina tem um paninho etc. Fale que novas brincadeiras serão feitas no dia seguinte. No segundo dia, organize outros cantos, com bacias com água, bonecas e livros, por exemplo. Circule e participe das situações. Oriente as pessoas que acompanham o processo a ficar no campo de visão do bebê, mas que procurem desta vez não interagir o tempo todo. No momento de trocar a fralda, a referência familiar pode ficar ao lado do educador, enquanto ele realiza o procedimento explicando à criança o que foi que aprendeu sobre ela ("Eu já sei que você adora segurar seu urso ao ser trocado. Pegue aqui").
3ª etapa
No terceiro dia, brinque e abra espaço para a expressão de sentimentos e gestos. Procure dar sentido às ações com base nas experiências que os envolvem ("Seu bebê está com fome, José. Vamos preparar uma sopa?). As pessoas que acompanham os bebês podem se afastar do campo de visão deles. A saída deve ser comunicada às crianças. No quarto dia, mostre cantos variados. À medida que demonstrarem segurança, faça as despedidas das pessoas que os acompanham. Anuncie onde estarão (quem ainda fica na creche, quem vai tomar um café ou quem vai embora). Brinque e acolha os possíveis choros, pegando no colo, oferecendo brinquedos etc. Leia uma história.
4ª etapa
No quinto dia, componha o ambiente com os três cantos que mais atraíram no decorrer da semana. Selecione fotos dos pequenos para a composição de um painel. Nesse dia, apresente cada um, diga o nome, do que já brincou, se é sapeca, brincalhão etc. Quando os responsáveis vierem buscá-los, compartilhe esse painel na presença dos bebês e crie um contexto de conversa que demonstre o pertencimento deles à creche ("Agora esta sala é da Estela também. Olha onde fica sua foto."). Na segunda semana, planeje os cantos com base nos interesses das crianças e no que julga pertinente para ampliar as experiências delas com o mundo -- a repetição de propostas é importante.
Avaliação
Observe o comportamento dos bebês. Se possível, empreste um brinquedo às mais resistentes, diga para cuidarem bem e trazerem de volta à escola.
Formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
*FONTE: revistaescola.abril.com.br
10 comentários:
Muito bom!
COMO É DIFÍCIL ENCONTRAR MATERIAL SOBRE O BERÇÁRIO.
sOOU PROF DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ESSE ANO FICAREI COM O BERÇÁRIO 2 , SE TIVER SUGESTÃO DE ATIVIDADES ME MANDE POR FAVOR?
ALINEPOCPUC@HOTMAIL.COM
OLÁ, ACHEI SEU BLOG MUITO INTERESSANTE. ESTOU TE SEGUINDO, QUANDO TIVER UM TEMPINHO ME FAÇA UMA VISITINHA TAMBÉM.
http://ateliebellyartes.blogspot.com.br/
FELIZ 2013!!!
BJS**
Olá Priscila
Muito interessante toda essa metodologia para o acolhimento dos bebês. Meu carinho e meu abraço.
Gracita
Oi, Priscila, tem um laço de incentivo à leitura para você em meu blog. Um abraço.
Parabéns, amei seu blog, super cheio de ideias, irei visitar sempre.
bjs
Estarei levando seu link e te seguindo.Não deixe de me fazer uma visita para conhecer meu blog.
Obrigada.
Olá Priscila
Que artigo rico! Essa fase de adaptação não é fácil, esse processo auxilia demais! Adorei seu blog e estou te seguindo, e convido para ver o meu cantinho também!
diariodejardineira.blogspot.com.br
Também sou educadora venha me visitar: alycaeducadora.blogspot.com
Olá, passei aqui para fazer uma visita e te convidar para visitar o meu blog, onde publico experiências, atividades e vídeos, te espero lá... alfabetizacaofazendoeaprendendo.blogspot.com.br
Descobri seu blog hoje....e amei!!!!
Parabéns pelo seu excelente trabalho!!!
Vi que desde janeiro não faz postagens...desanima não....seu trabalho é maravilhoso!!!
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