* Leia textos que eles não leriam sozinhos. Histórias curtas, com pouco texto e muitas ilustrações – que podem servir à leitura individual dos alunos –, geralmente não são adequadas a essa situação.
* Escolha textos cuja história você aprecie. Se a história não for interessante para você, é provável que também não o seja para os alunos.
* A qualidade literária do texto é importante. Isto significa: uma trama bem estruturada (divertida, inesperada, cheia de suspense, imprevisível); personagens interessantes e linguagem bem construída, diferente daquela que se fala no cotidiano.
* Evite utilizar histórias que sirvam para dar alguma lição de moral ou mensagem edificante. Geralmente essas histórias têm uma linguagem muito simplificada, metáforas óbvias, enredos totalmente previsíveis e em geral levam a apenas uma interpretação de sentido. Uma boa história permite que cada leitor a interprete de seu modo, gerando múltiplos significados.
* Ler um livro em capítulos ou dividir uma história mais longa em partes pode ser bastante adequado para as turmas de 1a série. [...] Isso implica interromper a leitura em momentos que criem expectativa, pedir que os alunos façam antecipações e deixá-los sempre com gostinho de “quero mais”.
* Ouvir a leitura e poder comentá-la já é uma tarefa completa na qual os alunos aprendem muito. Não é necessário complementá-la solicitando que façam desenhos da parte que mais gostaram, dramatizações, dobraduras etc. Além de não serem ações que as pessoas façam ao ler
um texto literário, não contribuem para que os alunos aprendam mais sobre o texto nem para que se tornem melhores leitores.
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